Análise de texto_Resumida
"Ads are not meant for
conscious consumption.
They are intended as subliminal
pills for the subconscious in order to exercise an hypnotic spell (...) Any expensive ad represents the toil,
attention, testing, wit, art, and skill of many people. Far more thought and care go into the composition of
any prominent ad in a newspaper
or magazine than
go into the writing of their features
and editorials. Any expensive ad is as carefully built on the tested foundations of public stereotypes or 'sets' of established
attitudes, as any skyscraper is built on bedrock. Since highly skilled and
perceptive teams of talent cooperate in the making of an ad for any established
line of goods whatever, it is obvious that any acceptable ad is a vigorous dramatization of communal
experience. No group of sociologists can approximate the ad teams in the gathering and processing of exploitable
social data. The ad
teams have billions to
spend annually on
research and testing of reactions, and their products are magnificent accumulations of material about the shared experience and
feelings of the entire community.
Of course if ads were to depart from the center of this shared experience, they
would collapse at once, by losing all hold on our feelings."
Marshall McLuhan, Understanding Media: The Extensions of Man,
252-253.
Comente o excerto apresentado inserindo-o na
argumentação do autor ao longo do capítulo "Ads: Keeping Upset with the
Joneses" e apreciando a sua validade na cultura contemporânea.
O modo como o discurso publicitário opera contraria
o processamento racional, apelando a uma zona obscura do inconsciente coletivo,
dado ser baseado em informação sobre a contemporaneidade recolhida a partir de um
investimento muito superior àquele realizado nas áreas das ciências sociais e
humanas. O facto de os anúncios publicitários funcionarem de modo icónico,
unificando numa imagem sentimentos e experiências sociológicas (250), torna o
seu apelo profundo, tanto mais que os meios de comunicação que as propagam geram,
também eles, efeitos de cada vez maior proximidade com as audiências (MacLuhan
qualifica o impacto da televisão como subcutâneo, usando a expressão
“skin-dive”, 257). De facto, o impacto das indústrias publicitárias é imenso,
apresentando produtos com um grau de elaboração muito superior aos textos com
os quais convivem no contexto jornalístico e alterando mesmo a própria linguagem
jornalística (como atestam as revistas, que privilegiam a componente visual
sobre a verbal, como “mosaicos comprimidos”, 251). O autor argumenta que a
publicidade atesta o “sonambulismo da metrópole” (253) e atua com a pretensão
de criar uma “consciência coletiva” (251-253), coadunando o desejo e a ação, de
modo a que os impulsos humanos obedeçam aos “princípios da automação” (251).
Daí ser fulcral este ramo das indústrias da cultura realizar uma investigação
aprofundada sobre as tendências sociológicas coevas, que irá reproduzir nas
narrativas publicitárias enquanto, em simultâneo, circunscreve as experiências
político-sociais, num processo de interação dinâmica teoricamente delineados
por Peterson e Anand em “The Production of Culture Perspective” (325-326).
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