Todos conhecemos a longa história de perpetuação de arquétipos sociais conservadores e misóginos, bem como culturalmente errados, presentes em todos ou quase todos os filmes da Disney, todos sabemos o que esperar de um clássico desta gigantesca multinacional do entretenimento. O remake de A bela e o monstro vem romper com este paradigma e mudar o que parecia tão imutável como o corpo da Branca de Neve ou o sono da Bela Adormecida; por isso mesmo muito antes de estrear, correu o mundo. Agora estreou e traz consigo uma lufada de ar fresco à Disney empoeirada, mas a questão que se coloca é: será um percalço no caminho ou um ponto de viragem na história da fábrica de princesas? Se for esse o caso, seria um óptimo presente para celebrar o 80° aniversário da Branca de Neve e os sete anões . A bela e o monstro (1991) Mas porque rompe este filme com tudo a que a Disney nos habituou, porque é que ganha um lugar numa estante revolucionária na história da indústria do entretenimento?...
Bom dia colegas e Professora Diana. Creio que muitos de vocês já viram ou ouviram falar do novo anúncio da Pepsi, que se tornou viral nas redes sociais e afins. Para quem não viu, o anúncio tem 2 minutos e conta com a participação da "famosa" Kendall Jenner (nem sei bem porque é famosa, só conheço o nome), que se junta a uma manifestação de jovens e traz a paz ao mundo ao entregar uma lata de Pepsi a um dos agentes da autoridade presentes na rua. Para quem não viu aqui vai o anúncio. Automaticamente, ao ver este anúncio, lembrei-me do anúncio de desodorizante de que a Professora falou numa das aulas. Pelo que percebi ambos os anúncios são iguais, uma manifestação, pessoas de braços levantados a gritar, etc., algo que pode ilustrar milhares de produtos e ideias, alguns até bastante significativos. Porém, no final apercebemo-nos de que o que está ali a ser vendido é um produto químico usado para que os sovacos não cheirem mal e uma lata de de sumo. Isto faz-me pensar: ...
Star Wars é um dos meus filmes favoritos, mas, ainda assim, tem detalhes que me incomodam. A verdade é que, desde 1977, esta soap opera espacial estado-unidense tem vindo a revolucionar o cinema — foi um dos primeiros blockbusters da história e dos primeiros a vender merchandising, tendo uma fan base forte. Há, contudo, a meu ver, um pequeno problema — a Princesa Leia . Apesar de uma das minhas personagens favoritas, sofreu uma enorme sexualização e objetificação no grande ecrã e no merchandising . Trata-se de uma personagem forte e cheia de personalidade, mas o que se põe em causa é como foi recebida, vendida e transformada num objecto . Durante os filmes, foi inúmeras vezes salva por figuras masculinas, acabando por ser reduzida a uma personagem menor, uma e outra vez, estando apenas no ecrã para polvilhar a visão masculina de uma figura feminina. Tudo isto - objetificação da mulher - vai acabar por cu...
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